Quando eu
era criança, filha única, menina, eu cresci num mundo cor de rosa. TUDO no meu
quarto era rosa, minha mãe gostava assim. E eu posso contar uma dúzia de amigas
que passaram pela mesma experiência. (Será que é algo dos anos 80?)
Prateleiras,
estantes, guarda-roupa e bichos de pelúcia: tudo rosa. Quando fiz 12 anos eu
resolvi pintar, por conta própria, tudo de azul, uma revolução! Não, mas na
época foi. Só recentemente eu criei alguma tolerância ao rosa, mas em contextos
e palette bem específicos. O rosa só
funciona comigo se for pálido, em tom pastel tendendo ao nude, na verdade o nude é
que me atrai demais. Mas eu andei pensando, besteira, pode ser, mas vale se
perguntar quanto da minha intolerância ao rosa foi algo aprendido? Quanto do
nosso habito de genderizar cores quando crianças influencia nossas escolhas
quando crescidos? Parece pergunta boba, mas na verdade é bem complicadinha e
leva a uma serie de outras perguntas...
Pensamentos?
Algum ‘trauma’ cromático a compartilhar?
***
When
I was a kid, a single child, girl, I was raised in a pink world. EVERYTHING in
my bedroom throughout my whole childhood was pink; my mom wanted it that way.
And I can tell you about a dozen of my girlfriends who had the same experience.
From
shelves to bed, to lockers and teddy bears: all in pink. Then I reached 12 and
decided to paint everything in blue. What a revolution, right? No, well, at
that time it was. Only recently I cured myself from this childhood silly
palette trauma and started looking at pinkish things with slightly more tolerance.
In fact, it all works for pink as a candy color, so pastels and slightly pale
pink in a nuder palette. That’s my thing. But then I started wondering, how
much of my intolerance for pink is a learned intolerance? How much of our
gendering of colors as kids reflect on our adulthood choices in that area? It
might sound pretty obvious but it’s actually a quite complex.
Any
thoughts? Any palette traumas to share?
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