Plump, smooth, glow!
Apropriado
pra quem vive essa vida de um pé lá e outro cá é essa mistura de línguas que
meu blog tem. Hoje inglês, amanha português, amanha os dois, importante mesmo é
falar, leia-se comunicar.
Há alguns
meses uma amiga querida me convidou pra gravar uma de nossas conversas em vídeo
para o seu canal no YouTube. Nele a gente tentou pensar um pouco – bem pouco
mesmo – sobre algo que pra mim ainda é brincadeira de feriado, mas pra muitas
de nós é tão corriqueiro quanto escovar os dentes depois das refeições: o batom
nosso de cada dia.
Não vou – e
jamais pretendi – fazer uma ‘proto-história cultural do batom’, mas quis e
quero usar esse apetrecho – bonito e muitas vezes delicioso – pra desenhar esse
texto e pensar com vocês sobre algumas coisinhas pequenininhas.
Eu nunca
fui de pintar os lábios e posso enumerar razões pra isso. 1) Desde pequena
minha mãe me dizia que a tintura do batom enfraquecia a cor natural dos lábios
(????); 2) Preguiça; 3) Achava desnecessário; 4) Eu sempre gostei de um ar mais
natural ou mais simples no rosto (isso quando resolvi começar a usar
maquiagem). Ou seja, batom nunca fez parte do meu cotidiano.* MAS, se batom
colorido nunca coloriu meus lábios, os protetores labiais – vamos aceitar as
ambiguidades da vida – esses, sim, nunca faltaram na minha
bolsa-mochila-nécessaire.
Desde que
me mudei pra Londres, eles se multiplicaram, ganharam formatos diferentes,
cores e aromas variados e a maioria convive bem em conjunto, obrigada! Mas em
recente mudança de casa, me deparei com a quantidade desses queridos
companheiros – e protetores, sim! – que encontrei nas minhas coisas. Na foto
coloquei só alguns, os que, por acaso, estavam na minha nécessaire. (!!)
Então me
veio a pergunta: porque eu preciso de tantos protetores labiais?
Consumista seletiva? Pode ser.
Mas também posso ser menos 'preconceituosa' (sim, isso mesmo) e mais objetiva dizendo ‘porque o clima londrino, de fato, exige proteção labial
altamente especializada, pra cada estação um protetor diferente’, vocês sabem
que isso não é mentira. Mas acho que ficou um pouco óbvio que meu desejo por
protetores labiais vai bem além disso.
Adoro me
sentir protegida, quem não gosta? Adoro estar preparada quando o vento bate
cortante e eu lembro “ah, sabia que tinha um protetor na bolsa!”; adoro o
gostinho deles, especialmente quando são suaves e meio adocicados; adoro a
textura (ahhhh, a textura da proteção), te deixa aquela impressão de veludo nos
lábios; adoro as embalagens, claro que sim, ou vocês acham que as empresas que
produzem essas coisas são embrulhadas como mimos a toa?
Mas,
prestem atenção na foto. Vejam a democracia instaurada, não tenho preconceitos
e não vejo problemas no convívio harmonioso entre o Cocoa butter da Palmer’s e
o Lip Glow, da Dior. E prestem ainda mais atenção: o Palmer’s é sério,
embalagem quase científica, deixando claro metodologia e funcionalidade num só
produto. Reparem, agora no Dior. Sempre que tiro da bolsa pra passar em público
é uma chuva de olhares, curiosos e, as vezes, desdenhosos (pra que, gente?).
Meus lábios são seletivos, confesso, a manteiga de cacau em si não me é muito
eficaz e o Dior acabou ganhando mais espaço.
Porém ha um
outro elemento ali, aliás, dois, que ganharam meu coração e espaço cativo na
minha bolsa: Burt’s Bees e Caudalíe. Dois produtos igualmente excelentes e
igualmente distintos, mas perfeitos na delicadeza da fórmula e no cuidado da
embalagem. O Burt’s Bees vem num tubinho de papel que dá vontade de guardar pra
sempre, e o desenho do Caudalíe?
Será que dá
mesmo pra ter os dois lados da moeda numa mesma, digamos, moeda? Claro que dá,
olhe meus “batons”, quer exemplo mais prático e tangível? Conteúdo excelente em
embalagem eficaz E bonita E sedutora E mimosa. Preciso dizer mais?**
Love,
Gabi
* Vejam bem, que batom não tivesse feito parte do meu ritual de beleza não significa que não gosto ou não o tenha incorporado. Depois podemos falo mais sobre isso.
** Preciso... e direi nos próximos posts. ;)
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